Liga Portugal Bwin: Depois do susto inicial, FC do Porto vence Paços de Ferreira: 2-1
Só quatro dias após o pesadelo frente aos Reds da cidade dos Beatles, o Dragão voltou a sentir o peso da derrota, durante 25 minutos da primeira parte, mas com o empate antes do intervalo, e um início de segunda metade forte acabou por vencer.
Este é daqueles momentos que nenhum jogador deve gostar. Após a pesada derrota, em casa própria, mesmo que frente ao todo-poderoso Liverpool, era imperativo vencer, e fazer esquecer o pesadelo. Ninguém duvida que foi essa a intenção, com a primeira tentativa a caber a Uribe, aos 4 minutos, em remate de longe, logo seguida de Luiz Diaz após jogada de fino recorte, a que correspondeu Maracás com excelente corte. Aos 15m era a vez de Vitinha proporcionar boa defesa ao guardião André Ferreira, dando corpo ao controlo do jogo por parte dos Dragões.
Contudo nem sempre quem joga mais, ou procura o golo marca. É essa incerteza que mais motiva, e apaixona, os adeptos do jogo, e foi isso mesmo que voltou a acontecer quando aos 19 minutos, Denir Jr passou para a esquerda, nas costas da defesa portista onde apareceu Lucas a rematar, Diogo Costa a defender sem segurar, e na recarga apareceu solto Nuno Santos a rematar vitorioso.
O Dragão gelou, em 4dias, e apenas dois jogos era o sexto golo consentido, e pior, estava na posição de desvantagem, apesar de ser também o primeiro deste campeonato sofrido em casa, que até fazia dos Dragões a única equipa com esse registo.
Passado o choque, e como seria de esperar o FC do Porto carregou no pedal e as oportunidades foram surgindo em crescendo, começando por Vintinha num livre, Francisco Conceição a passe de Taremi, e também por este, apenas travado em falta à entrada da área pelo guardião Pacense. Foi uma boa série de jogadas que impediram o Paços de Ferreira de sair do seu meio-campo durante largos minutos, e proporcionaram uma mão cheias de boas defesas a André Ferreira, até que, o suspeito do costume, Luis Diaz, voltou a fazer o gosto ao pé ao finalizar uma jogada que ele mesmo começou, passou por Taremi e Evanilson, mas sobrou para remate em posição frontal onde a experiência, e classe do Colombiano, não perdoou.
O Dragão voltou a aquecer um pouco, e crescia a esperança numa reviravolta com a chegada do segundo tempo, pelo golo, mas sobretudo pelo bom jogo que afinal a equipa da casa estava a realizar, justificando melhor que o empate ao intervalo, como aliás os 72% de posse de bola, evidenciavam.
O problema é que o Paços de Ferreira entrou concentrado, mas foi sol de pouca dura pois logo aos 52 m, Wendel fez o gosto ao pé com um remate cruzado em jeito de balão com o lado de fora do pé, sem qualquer hipótese de defesa, colocando os Dragões em vantagem que não mais perderiam, apesar de volvidos 4 minutos terem visto a bola embater no poste de Diogo Costa, passando-se a seguir a pior fase do jogo com muitas perdidas de parte a parte, e sem grande perigo nas balizas.
Só aos 85m Sérgio Oliveira, pôs à aprova o guardião da capital do móvel, e logo a seguir Uribe, mas sem efeitos no resultado. De registo apenas o segundo amarelo para Taremi, que terá sido tocado na área, mas Manuel Mota entendeu como simulação e assim lhe mostrou a porta de saída do jogo.
Para a história fica um bom jogo do FC do Porto, num momento difícil, mas em que acabou por conquistar os três pontos, que lhe permitem ficar, à condição, a um ponto do líder.