25 de abril: 48 anos de liberdade
No dia 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA), comandados por Otelo Saraiva de Carvalho, organizou uma revolução que depôs o regime ditatorial do Estado Novo.
Tudo começou na noite de dia 24 de abril de 1974, quando às 22h55 foi dado o primeiro sinal com os Emissores Associados de Lisboa a tocarem “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho. Pouco depois da meia noite, ecoavam na Rádio Renascença, os versos da música “Grândola, vila morena” da autoria de Zeca Afonso.
Nas primeiras horas da manhã, de 25 de abril, as forças militares ocuparam pontos estratégicos em Lisboa com o objetivo de derrubar o regime. Marcelo Caetano refugiu-se no quartel da GNR do Carmo, onde se manteve até ao final da tarde do 25 de abril, quando se rendeu e entregou o poder ao general Spínola.
Aquilo que começou por ser um golpe de estado, com as ruas a encherem-se de pessoas a proclamar a liberdade, transformou-se numa revolução, que veio a ser pacífica e devolveu a liberdade a Portugal.
A chamada “Revolução dos Cravos” ganhou este nome devido a Celeste Martins Caeiro, que distribuiu cravos pelos militares, que pegavam na flor e colocavam-na no cano da espingarda.
Este ano assinalam-se 48 anos desta revolução e da liberdade, se tivermos em conta a revolução de 28 de maio de 1926 (golpe de Estado que resultou na queda da Primeira República Portuguesa e na instauração da Segunda República Portuguesa), altura em que António de Oliveira Salazar iniciava o seu percurso no Estado Português, quando foi escolhido pelos militares para Ministro das Finanças durante um curto período de duas semanas.