Maiambiente investe na desidratação de resíduos alimentares
A Maiambiente apresentou no dia 14 de março, um desidratador que permite a valorização dos resíduos alimentares e será utilizado para secar o material orgânico, rico em nutrientes, que contribuem para uma redução no seu peso e volume.
Marta Peneda, presidente do Conselho de Administração da Maiambiente refere que «Trata-se de um equipamento com origem na Coreia do Sul, único em Portugal, que decidimos inaugurar no âmbito da nossa estratégia para os bio resíduos, nomeadamente, para os resíduos alimentares».
A apresentação decorreu na Escola Básica N. º1 de Gueifães e é lá que está situado um dos três desidratadores. Segundo Carlos Mendes, diretor geral da Maiambiente, este projeto inclui também a instalação na Cantina do SMAS (Serviços Municipalizados – Eletricidade, Água e Saneamento) e no restaurante VOG, no TECMAIA. No entanto, a empresa maiata quer alargar o projeto a outras instalações, principalmente em escolas.
Em entrevista ao Maia Hoje, o diretor explicou pormenorizadamente, a função deste equipamento «retirar a humidade contida nos resíduos alimentares, sejam resíduos de preparação dos alimentos, sejam resíduos de pós consumo desses mesmos alimentos (…) Fá-lo através de um processo mecânico e térmico, revolvendo o resíduo dentro do equipamento e juntando calor. (…) No final do processo, que dura oito horas, resulta um resíduo que é um material inerte parecido com terra e que já é isento de bactérias», acrescentando ainda que esse material «pode ser aplicado diretamente no solo, como um elemento de correção desses mesmos solos».
O investimento global destes três equipamentos ronda os 75 000 euros e foi financiado pelo PO SEUR «nós teríamos mais dificuldade em consegui-lo se não tivéssemos o apoio dos fundos comunitários, mas também é para isso que eles existem, para apoiar estas iniciativas que visam descarbonizar e apostar na economia verde».
Já Marta Peneda admitiu que este é um «momento importante, porque não só damos mais um passo no sentido de demonstrar a procura incessante por parte da Maiambiente em novas estratégias, novos modelos de equipamentos, mas também sempre tendo presente aquilo que é a nossa preocupação maior que é a sensibilização dos mais jovens para que possam crescer e ser cidadãos cada vez mais responsáveis», disse.
Por fim, Carlos Mendes concluiu «é um orgulho estar associado ao projeto» e que «se correr bem, queremos naturalmente no futuro alargar o projeto a outras instalações que tenham este tipo de atividade e que justifiquem pela dimensão do número de refeições servidas».