Primeiro-ministro inaugura Capital Portuguesa do Voluntariado
Na manhã desta segunda-feira, a Câmara Municipal da Maia preparava-se para receber uma visita pouco usual, mas de uma enorme importância. Apesar das nuvens carregadas no céu, chovia pouco e ao longe observava-se um carro preto acompanhado pela polícia. No cimo da escadaria, o executivo camarário e outras individualidades esperavam ansiosamente pela chegada daquele que é o atual chefe do Governo de Portugal, parecendo não se importar com a pouca precipitação e frio que se fazia sentir.
Era o primeiro-ministro, Luís Montenegro que se aproximava da autarquia para assinalar a abertura oficial da Maia como Capital Portuguesa do Voluntariado. Com ele, apareceram também outras figuras conhecidas pela maior parte dos portugueses e maiatos, como a Secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes; a deputada da Assembleia da República pelo Partido Social Democrata (PSD) e presidente da Junta de Freguesia Cidade da Maia, Olga Freire; o euro deputado, Hélder Sousa; o presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, Eugénio Fonseca; o bispo do Porto, D. Manuel Linda; autarcas maiatos e autoridades civis, militares e de segurança.
O início da cerimónia ficou marcado pela passagem da bandeira da Capital Portuguesa do Voluntariado ao presidente da Câmara Municipal da Maia, Silva Tiago que reconhece que «não é possível ao Estado, seja ao Governo central ou ao poder local, chegar a todos, a tudo e a todo lado, porque isso é material e humanamente impossível, sendo essa uma das razões pelas quais é imprescindível o voluntariado».
Montenegro assegurou que a sua visita à Maia se deve aos voluntários «para dar uma palavra de reconhecimento, de gratidão, de respeito e de admiração a todos aqueles que no país que, de alguma maneira, dão muito do seu tempo, muita da sua disponibilidade e muito do seu esforço para servir o interesse de valorização de um ser humano».
O primeiro ministro não poupou elogios ao município que, tal como Cascais, «não ficou a viver à sombra do Porto e de Lisboa. Cada uma delas à sua maneira, encetou uma caminhada de afirmação aproveitando aquilo que é o seu potencial, valorizando as pessoas e dinamizando a economia (…) são duas terras exemplares».
A cerimónia terminou com o hastear da bandeira na Praça Dr. José Vieira de Carvalho.
Maia assumiu título de Capital Portuguesa do Voluntariado
A Capital Portuguesa do Voluntariado é uma iniciativa da Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV) que tem como finalidade a promoção e valorização do voluntariado em Portugal, através da seleção de um Município Português como “Capital Portuguesa do Voluntariado”.
A primeira edição decorreu em 2023, elegendo Cascais como a Capital de 2024, seguida pela edição da Maia em 2025.
Segundo a autarquia, esta distinção atribuída à Maia é o «reconhecimento do trabalho sólido e desenvolvido na mobilização de recursos para o voluntariado com impacto positivo inegável na sua comunidade».
A candidatura da Maia a Capital Portuguesa do Voluntariado 2025 apresenta «um programa de atividades dinâmico e ambicioso» para os próximos três anos, assente em seis eixos estratégicos: Capacitação e Workshops Temáticos, Voluntariado Intergeracional, Voluntariado Corporativo, Voluntariado e Inclusão, Voluntariado na Infância e Juventude, Reconhecimento e Valorização do Voluntariado.
Destaca-se o Centro de Voluntariado da Maia, denominado Compromissum, uma estrutura que visa promover o encontro entre a oferta e a procura do voluntariado e que já conta com centenas de voluntários inscritos e uma relação com empresas, instituições públicas, sociais e outras entidades.
A Maia será também Capital Europeia do Voluntariado em 2026, uma distinção atribuída pelo Centro Europeu do Voluntariado, para a qual aquela cidade portuguesa venceu a concorrência de candidaturas apresentadas pela Irlanda e pela Polónia.