Castêlo da Maia. Moradores queixam-se de «esgoto a céu aberto há anos»
Moradores da Rua João Maia, na freguesia do Castêlo da Maia, queixam-se de conviver com dejetos a céu aberto em plena via pública. Segundo denunciam, o problema arrasta-se há pelo menos seis anos e continua sem uma resolução definitiva.



«Já contactámos toda a gente. Já enviámos emails, fizemos chamadas, e nada. Esta semana fui pessoalmente aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Maia (SMAS) e encolheram os ombros. Não souberam explicar porque é que ninguém apareceu nem se houve alguma intervenção que tivesse impedido de vir desentupir isto» disse Pedro Moreira, ao Maia Hoje, visivelmente indignado.
O problema está relacionado com as raízes das árvores, que invadem constantemente a canalização, provocando entupimentos frequentes «o SMAS vem, desentope, mas passado uma semana ou quinze dias entope outra vez. E ainda demoram dois ou três dias a voltar», explicou um outro morador, Paulo Ribeiro.
As consequências têm sido evidentes e desagradáveis, sentindo-se o mau cheiro na rua e entrada do prédio «ontem tive a festa de anos da minha filha e as crianças nem podiam descer as escadas, porque havia dejetos no passeio».
Paulo Ribeiro reforça a preocupação com os riscos sanitários «passam aqui crianças todos os dias a caminho da escola. Isto é um perigo para a saúde pública».
Além do mau cheiro e dos resíduos visíveis, os moradores queixam-se ainda do estado do passeio e da dimensão das árvores «requalificaram o passeio, mas já está todo levantado outra vez por causa das raízes» lamentam os moradores «as árvores são tão grandes que, quando está vento, já batem nas janelas do 4.º e 5.º andar».
O condomínio do prédio em causa já contactou os SMAS e a Maiambiente, mas sem resultados visíveis até ao momento. Segundo os moradores, a Câmara chegou a informar há seis anos que iria requalificar a rua, mas recusou-se a remover as árvores, o que, afirmam, só agravou a situação.
Contactada pelo jornal Maia Hoje, a Câmara Municipal da Maia confirmou, no dia 15 de abril, que os SMEAS (Serviços Municipalizados de Eletricidade, Água e Saneamento) intervieram no ramal de saneamento da Rua João Maia n.º 375, devido ao seu estrangulamento pelas raízes de uma árvore.
A autarquia adiantou ainda que «para resolver o problema, torna-se necessário proceder à sua substituição» e garantiu que «os SMEAS vão envidar todos os esforços para que a substituição daquele ramal seja realizada o mais rapidamente possível».