CM Maia vai questionar governo sobre as refeições escolares
Emília Santos, vice-presidente e vereadora da Educação e Saúde, diz estar «chocada e preocupada»
Ontem uma das crianças da EB 2/3 da Maia, tirou algumas fotografias ao almoço que lhe serviram na cantina.
O prometido Frango Assado com Massa Macarronete com tomate, milho e pimento, denotava a falta de confecção dado que a carne no seu interior estava crua, conforme se pode atestar pelas imagens.
A responsabilidade sobre esta situação é do Governo, através do Ministério da Educação que lança o concurso para o serviço de refeições.
Contactada a CM Maia, nomeadamente a deputada Emília Santos, vice-presidente da autarquia, com os pelouros da Educação e Saúde, para um comentário sobre o assunto, a autarca disse desconhecer dado que estava apenas agora a receber a notícia pelo nosso jornal.
Emília Santos, mostrou-se, no entanto, «chocada com a notícia e preocupada enquanto munícipe e responsável pelos pelouros da Educação e da Saúde» e referiu ainda que «curiosamente esta semana no âmbito da audição na Assembleia da República, a Dra. Alexandra Leitão, Secretária de Estado da Educação, assumiu as suas responsabilidades sobre o que tem acontecido, dado que disse que irá haver maior fiscalização e para “matar” a discussão disse que irá criar equipas de três técnicos na DGEST para efectuar essa mesma fiscalização».
«Não há memória de tal ter acontecido no governo anterior, talvez porque, mesmo em tempos de crise mundial, com a troika no país, efectuamos um concurso internacional com um preço justo. O que acontece é que este Governo não aumentou nem um cêntimo ao orçamento, aumentando os impostos e as coisas estão com este governo mais caras. O concurso efectuado por este governo tem exatamente o mesmo valor, ora tal não é possível e a qualidade, se não for auditada, desce», disse a deputada e autarca.
Quanto às refeições servidas através da tutela do município, nomeadamente das escolas básicas e pré-escolar a vereadora é peremptória «está tudo a correr muito bem, temos equipas de técnicos compostas também por Nutricionistas que avaliam a qualidade e quantidade e fazem o acompanhamento da empresa Gertal que ganhou o concurso internacional que efectuamos. Além do serviço considerado normal, temos serviço Vegetariano e para intolerantes. Todas as situações estão identificadas e a funcionar sem problemas de maior», disse a vereadora que acrescentou ser «muito sensível a esta situação dado que para algumas, felizmente poucas crianças, a refeição escolar é a única completa do dia», disse.
Para Emília Santos «é evidente que mesmo não sendo de nossa responsabilidade, como Câmara Municipal, em defesa dos nossos munícipes, iremos fazer saber o nosso descontentamento junto do ministério e esperar que tudo se resolva da melhor forma», disse a terminar.