Câmara Municipal da Maia procede ao realojamento temporário de utentes de Lar em Hotel
A Câmara Municpal da Maia, anunciou em comunicado de hoje que se vai substituir ao Estado e que a operação de transferência dos utentes da Residência Sénior ” O Amanhã da Criança” para uma unidade hoteleira da cidade vai ser assegurada pela Câmara Municipal da Maia.
Os idosos do lar “Amanhã da Criança” serão transferidos hoje, numa operação coordenada pelo Serviço Municipal de Protecção Civil. Todos os utentes que ainda o não tenham sido serão testados à Covid-19 antes da ida para o hotel.
O presidente da edilidade, António Silva Tiago, sublinha que «perante a indecisão das autoridades competentes, o município decidiu assumir a responsabilidade de encontrar uma solução. Lamento profundamente a duplicidade de critérios, já que em Famalicão e Vila Real toda essa operação foi assumida pela administração central. A indecisão atrasou a operação que a Câmara Municipal vai agora realizar».
Na unidade hoteleira, os utentes serão mantidos isolados em quartos individuais e acompanhados por pessoal e corpo clínico da instituição. Todos aqueles que tenham testado positivo, ou que estão a aguardar resultado, ficarão num piso inferior da unidade hoteleira. Os restantes serão realojados em andares superiores, com um piso de segurança entre eles sem ocupação. Entretanto, o lar será desinfectado e os idosos regressarão à instituição quando o corpo clínico do Amanhã da Criança determinar que estão reunidas as condições.
Toda a operação de transporte e alojamento dos idosos é suportada pela Câmara Municipal da Maia. Esta medida de realojamento será sempre aplicada pelo município a utentes inscritos nas estruturas residenciais para pessoas idosas da rede solidária da Maia, sem retaguarda familiar devidamente comprovada, e quando as instituições estejam sinalizadas pelas autoridades de saúde como contágio de alto risco para a COVID-19.
A Câmara Municipal da Maia promoveu, a 10 de Março, uma reunião com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho e as autoridades de saúde, da qual resultou a recomendação de acabar com visitas e manter nas estruturas sociais apenas os idosos sem retaguarda familiar.
Lè-se no comunicado