A Maia merece Renovação: Basta de Polémicas e de Promessas Vazias!
Desde 1979, a história da gestão municipal da Maia revela um padrão de domínio político que se perpetua há décadas. Este legado carrega consigo um rastro de controvérsias judiciais e práticas questionáveis. Os Maiatos têm suportado sucessivas administrações, marcadas por promessas não cumpridas e alianças veladas, que se associam a escândalos e à má gestão dos recursos públicos. É tempo de refletir e agir: basta de mais quatro anos de suspeitas.
Um Legado de Controvérsias
Entre os episódios que marcaram essa trajetória, destaca-se o Caso TecMaia. Esta saga, agora envolvendo a venda da marca TecMaia em haste pública por execução fiscal, evidencia a gestão duvidosa dos bens municipais. A assunção de uma dívida de 1,4 milhões de euros e a oscilação entre absolvições e novas investigações deixam claro que os patrimônios, que deveriam servir à comunidade, são frequentemente usados como moeda de troca em esquemas suspeitos.
No âmbito dos serviços essenciais, o Caso SMAS levanta sérias dúvidas sobre o rigor na administração dos recursos públicos. O presidente da Câmara, António Silva Tiago, juntamente com o seu antecessor Bragança Fernandes e outros arguidos, enfrenta um processo por peculato, com acusações de desvio de cerca de 53 mil euros. Este episódio vai além de estatísticas: é a prova concreta de que a má gestão dos fundos públicos afeta diretamente a vida dos munícipes.
Outro caso emblemático é o da vereadora Ana Miguel Vieira de Carvalho, condenada a uma pena suspensa de dois anos por abuso de poder e falsificação agravada. Sob a fachada de estabilidade, tais práticas minam a confiança dos cidadãos na política local.
A Inadequação das Escolhas Políticas
A coligação tradicional tem demonstrado uma persistente falta de renovação e clareza de propostas. De um lado, o PSD evidencia um processo sucessório quase dinástico, em que a escolha de candidatos se repete de forma hierárquica, refletindo privilégios e interesses fechados em detrimento de uma busca genuína por novas ideias e lideranças. Do outro, o Partido Socialista, mesmo após tantos anos de participação política, não conseguiu apresentar uma candidatura convincente que responda efetivamente aos desafios atuais da Maia. Essa combinação – a continuidade dinástica do PSD e a inércia do PS – reforça um cenário que prioriza a manutenção do status quo, sufocando as possibilidades de inovação e a renovação democrática que a cidade tanto necessita.
Conclusão: A Decisão Está em Nossas Mãos
Caros Maiatos, a história não precisa continuar a ser escrita pelos mesmos nomes e interesses. Temos a oportunidade de escolher um caminho diferente – um caminho de transparência, rigor e responsabilidade na gestão dos nossos recursos públicos. Não podemos permitir que continuemos a ser ludibriados por políticos que, por conveniência ou acordos velados e entre acusações mútuas, perpetuam um sistema que favorece interesses obscuros. A Maia merece uma liderança que realmente coloque os munícipes em primeiro lugar. A mudança está ao nosso alcance. A alternativa a não reclamarmos dos mesmos é não votar igual, aí estaremos a dar um passo decisivo rumo a um futuro onde a transparência e a ética sejam os pilares da administração municipal. Nas eleições autárquicas de 2025, teremos a oportunidade de transformar a Maia. Chegou a hora de reivindicar uma Maia melhor – uma Maia que não aceita mais o conformismo e compadrios.
A Maia pode decidir melhor!
Opinião de António Fonseca, 46 anos
Coordenador da Iniciativa Liberal da Maia