Chuva intensa: “Rio Atmosférico” atinge Portugal a partir de hoje
Chuva prevista para Portugal coloca 14 distritos sob aviso amarelo. A partir de amanhã, a Maia ficará sob aviso laranja. O IPMA prevê períodos de chuva forte, descida de temperatura e vento forte.
A partir da tarde de hoje, o tempo irá mudar drasticamente. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), há um «aumento gradual da nebulosidade, com chuva no Norte e Centro a partir da tarde sendo por vezes forte em especial no litoral. Intensificação gradual do vento. Descida da temperatura máxima».
O país inteiro será atingido por um «Rio Atmosférico» até Domingo, dia de Todos os Santos. A frente quente que virá pelo Atlântico, irá arrastar um “rio atmosférico” carregado de humidade. Este fenómeno surge porque o ar quente armazena uma quantidade muito maior de água sob a forma de vapor do que o ar frio.
Mas é no fim de semana que a chuva se intensifica. Estão previstas quantidades de chuvas próximas ou algo superiores aos 30mm/m2 em boa parte da faixa costeira atlântica, não sendo tão expressivas no interior.
Na Maia, a chuva tem início a partir das 17h, mas é as 19h que fica mais forte, mantendo-se assim até e durante o fim de semana. As temperaturas máximas irão rondar os 19º.
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
− Piso rodoviário escorregadio por eventual formação de lençóis de água;
− Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou
insuficiências dos sistemas de drenagem;
− Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente
mais vulneráveis;
− Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
− Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em
períodos de praia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais
vulneráveis;
− Danos em estruturas montadas ou suspensas;
− Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas
associadas às redes de comunicações e energia;
− Possíveis acidentes na orla costeira.
MEDIDAS PREVENTIVAS:
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de
inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre
escoamento das águas;
− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade;
− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou
viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando
atento para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em locais de vento mais forte;
− Ter especial cuidado com a fixação de estruturas temporárias;
− Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas
historicamente mais vulneráveis a estes fenómenos;
− Proceder à remoção de máquinas e alfaias agrícolas, bem como de animais das zonas
ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de alagamentos e inundações
− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças
de Segurança;
− Seguir escrupulosamente as indicações transmitidas pelas autoridades policiais no que
concerne ao respeito pelos cortes de estrada, percursos alternativos, sinalização e outras
informações;
− Evitar comportamentos de risco que poderão originar acidentes não previstos.