Condenado a quinze anos de prisão por atropelamento mortal em Moreira
O Tribunal de Matosinhos condenou esta tarde a 15 anos de prisão o autor do atropelamento que vitimou mortalmente um indivíduo em Moreira a 12 de abril de 2020. Tribunal terá dado como provado que, ao contrário do alegado pelo arguido, houve mesmo intenção de usar o carro como arma para matar o opositor.
O arguido de 21 anos, vendedor de automóveis, encontrava-se em prisão preventiva à ordem deste processo, mas foi hoje condenado a 14 anos e oito meses de prisão por homicídio qualificado e a oito meses por condução sem habilitação legal, fixando-se o cúmulo jurídico em 15 anos de reclusão, segundo avança a Lusa.
Na leitura do acórdão, que teve lugar esta tarde, o Tribunal terá dado como provado que, ao contrário do alegado pelo arguido, houve mesmo intenção de usar o carro como arma para matar o opositor.
O caso ocorreu às 18h30 de 12 de abril de 2020, na via Adelino Amaro da Costa, quando arguido e ofendido se envolveram em acesa discussão no banco traseiro do automóvel em que seguiam, por motivos não explícitos na acusação do processo, consultada ontem pela agência Lusa.
A altercação levou o condutor, irmão do arguido, a parar a viatura e «todos saírem para o exterior», onde os dois oponentes se envolveram-se em confronto físico.
O confronto foi travado pelo irmão do arguido que o levou para o banco do passageiro dianteiro.
«Instantes depois», refere a acusação do processo, «o arguido passou para o lugar do condutor, colocou o veículo em funcionamento e iniciou a marcha. Depois, inverteu o sentido de marcha, «acelerando sempre enquanto apontava o veículo automóvel na direção ao corpo do ofendido, atingindo-o». Deixou-o inanimado e com lesões graves por todo o corpo.
A vítima entrou no Hospital de São João, do Porto, às 21:05, entubada. Foi submetida a manobras de suporte avançado de vida, mas, pelas 23:25, veio a sofrer uma paragem cardiorrespiratória e a morrer.