Coronavírus: Alemanha usará novo medicamento baseado em anticorpos
O ministro da saúde alemão, Jens Spahn, anunciou ontem, domingo, dia 24 de janeiro, que devido à escassez da vacina, o governo alemão comprou um novo medicamento para ajudar a combater o COVID-19, o mesmo que foi utilizado em Donald Trump.
Segundo a estação televisiva alemã «Deutsche Welle» (DW), o ministro da saúde alemão, Jens Spahn, anunciou que o governo alemão comprou um novo medicamento para auxiliar o combate à COVID-19, o mesmo tratamento com anticorpos utilizado para tratar o ex-presidente norte-americano Donald Trump, em outubro do ano passado.
Jens Spahn terá revelado que «Na Alemanha, a partir da próxima semana e inicialmente em clínicas universitárias, serão usados os anticorpos monoclonais, sendo essa a primeira vez num país da União Europeia», especificando que «o governo federal comprou 200.000 doses por €400 milhões».
«Os anticorpos agem como uma vacina passiva. A administração desses anticorpos nos estágios iniciais pode ajudar os pacientes de alto risco a evitar uma progressão mais grave», disse o ministro. Berlim disse que espera oferecer uma vacina a todos os alemães até ao fim do mês de agosto.
Especialistas alertam contra o levantamento de restrições ao coronavírus, e o ministro Spahn diz que descarta o mesmo para pessoas vacinadas até que haja uma vacina disponível para todos os cidadãos «Solidarizamos com esta pandemia por um ano. Agora podemos muito bem seguir as regras até que todos possam ser vacinados». A Alemanha anunciou que o seu bloqueio nacional vai durar até 14 de fevereiro, apesar dos crescentes pedidos de flexibilização de algumas medidas. Epidemiologistas do país afirmam que o debate é prematuro «de um ponto de vista epidemiológico, não está claro para mim o porquê de uma flexibilização precoce [das restrições]», disse Hajo Zeeb, do Instituto Leibniz para Pesquisa de Prevenção e Epidemiologia, à agência de notícias alemã DPA, citando o contínuo aumento das taxas de infeção.