Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres
A Organização das Nações Unidas (ONU) assinala, a 25 de novembro, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A data, celebrada anualmente, pretende chamar a atenção de um problema que atinge mulheres de todo o mundo.
De acordo com a ONU, uma em cada três mulheres em todo o mundo sofrem de violência sexual ou física ao longo da vida. Com o aparecimento da pandemia, o confinamento implementado pelos governos, trancou muitas mulheres em casa, juntamente com o seu agressor.
Em Portugal, as participações de violência doméstica têm vindo a crescer de dia para dia, piorando agora, em período de pandemia. Segundo a ONU, “só em 2019, foram feitas 29,743 denúncias às forças de segurança portuguesas. Em 2020, já morreram 20 mulheres, vítimas de violência doméstica. Desde 2004 já foram assassinadas 564 mulheres”.
De modo a combater a violência baseada no género, é exigido “um compromisso firme e o envolvimento dos governos, das organizações internacionais, das ONG e da sociedade civil em geral. Exige, sobretudo, o envolvimento dos homens”.
António Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas, deixa a mensagem de que “Não basta intervir após o ato de violência contra as mulheres. É também necessário agir a montante da violência, em particular, abordando normas sociais e desequilíbrios de poder. É importante que a polícia e os sistemas judiciais aumentem a responsabilização dos agressores e ponham fim à impunidade.”
Campanha #PortugalContraAViolência
Com início no dia 22 de novembro, segunda-feira, a campanha reforça a vigilância contra a violência doméstica e alerta para o impacto deste crime, não só nas mulheres, mas também em crianças. O objetivo é consolidar o sentido de responsabilidade coletiva, transmitir confiança a cada mulher, na sua luta, e à sociedade em geral, no combate a este crime, bem como divulgar as respostas e mecanismo de apoio às vítimas.
A Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD), que abrange atualmente 95% território nacional, registou até final do passado mês de setembro 97.172 atendimentos.
A campanha é da responsabilidade da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, e da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, com a colaboração da AMCV – Associação de Mulheres Contra a Violência, Associação Projeto Criar, Associação Ser Mulher, APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, Associação Plano I, Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, Coolabora, Cruz Vermelha Portuguesa, Movimento Democrático de Mulheres, Mulheres Século XXI, UMAR – União das Mulheres Alternativa e Resposta e Quebrar o Silêncio Associação.