Estacionamento abusivo e falta de segurança preocupam maiatos
O Executivo da Câmara Municipal da Maia reuniu-se esta segunda-feira, 17 de março, para a habitual reunião pública mensal. Na agenda estavam 25 pontos, desde as licenças a tomada de conhecimento de vários assuntos. Relembramos que o executivo municipal é composto por 11 vereadores, sendo seis da coligação PSD/CDS e cinco do Partido Socialista, além do presidente Silva Tiago que, em caso de empate, tem voto de qualidade.
Estacionamento abusivo na Rua dos Verdes, em Moreira
A reunião teve início com a intervenção de António Dias Alves Moreira, maiato de 74 anos, que reside da Rua dos Verdes, na freguesia de Moreira da Maia, que demonstrou o seu desagrado com o estacionamento abusivo de autocarros de passageiros para o hotel. Habituado a deslocar-se de bicicleta e, uma vez que não existe passeios, «sou obrigado a apear-me e andar na lama, o que não pode ser».
Na manhã do dia 14 de dezembro, António contactou a Polícia Municipal com o objetivo de tentar resolver este problema, no entanto sublinhou a «falta de educação» dos serviços, acusando ainda de «gozarem» com a situação. Posteriormente, contactou o presidente da Junta de Freguesia de Moreira, Carlos Moreira, que se prontificou à tentativa de resolução da situação.
De acordo com o senhor Moreira, no dia sete de fevereiro, pelas 21h44, a Polícia Municipal multou os veículos estacionados na referida rua, assim como no dia sete de março, multando todos «menos alguns».
No dia oito de março, depois de uma ida ao café, o senhor Moreira vê a Polícia Municipal na sua rua, onde «multaram quatro ou cinco carros e vieram-se embora».
Referiu ainda a existência de uma placa de estacionamento proibido, excepto moradores, mas colocaram-na «de uma maneira que não faz sentido, aliás há um morador que já pensou colocar um pedregulho para não estacionarem lá».
Em resposta, o presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, comprometeu-se a ir visitar o local.
Empresa maiata preocupada com segurança dos empregados
Ainda no período de intervenção do público, dois representantes da empresa Confetil, sediada na Rua Santo Condestável, em Vermoim, queixaram-se dos níveis de ruído «passando todos os limites legais, possíveis e imaginários»; da velocidade excessiva; da ausência de passadeiras devidamente evidenciadas e sinalizadas; da ausência de passeios e de indicações de limite de velocidade e lixo vazado.
Preocupados com a segurança das pessoas e dos seus empregados, em 2021 foi criada uma petição onde enumeraram os problemas daquela artéria. A seis de março de 2024 obtiveram uma resposta do Provedor do Munícipe, dizendo que «em reunião com o presidente da câmara chegamos à conclusão que iam ser realizadas obras no ano de 2024 e que estas, inclusive, já tinham sido adjudicadas». Nesse seguimento foi efetuada a petição e contactadas algumas pessoas, no entanto «nada acontece».
Em explicação, o presidente da Câmara falou sobre um projeto da REN, de 220 kV «que está preso por razões explicáveis, que visa enterrar as linhas que saem da subestação e que vão para Sul, e que vão passar na Rua Santo Condestável até ao cruzamento dos Mogos e depois vão cortar à esquerda para a Rua 5 de Outubro até entrar na Avenida Dr. Germano Vieira e que vai até à Feira de Santana», disse.
«A REN ficou com responsabilidade de ao fazer isto, fazermos este trabalho. Era a paga da REN ao município da Maia, poder usar o subsolo e o corredor para colocar as suas infraestruturas. Isto foi tudo acertado connosco só que depois, durante estes anos, não foi ainda validado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Vereador do PS preocupado com segurança da APPACDM
No período antes da ordem do dia, António Peixoto do PS, chamou a atenção para a falta de segurança no edifício da antiga Junta de Freguesia de Barca onde está instalada provisoriamente, a APPACDM. O socialista visitou o espaço e afirma estar preocupado «em caso de incêndio, como será a evacuação?!», questiona, uma vez que os utentes se encontram no piso superior. Mário Nuno Neves, vereador com o pelouro da Proteção Civil, respondeu dizendo que iria falar com as entidades competentes.
PS vota contra abate de árvores para construção de habitação social
Destacamos a votação do ponto 5 “Declaração de Interesse Público Municipal- abate de sobreiros para viabilização de execução de operação “1º Direito/ PRR – Construção de 30 fogos – Rua do Seixido, Rua do Bairro da Brisa, Pedrouços, lugar da Arroteia”, contratualizada com o IHRU (…)”, o qual o Partido Socialista votou contra, mas a proposta foi aprovada por maioria.
Este ponto gerou controvérsia entre o Executivo, mas a vereadora Marta Peneda explicou que “vão ser abatidos quatro sobreiros, mas vai haver compensação em triplo” do número de árvores.