«Foi Uma Honra Servir Portugal!»
Projectos pessoais, interrompidos quando abraçou o desafio parlamentar, levaram-na a abdicar no final do ano do seu trabalho na Assembleia da República. Márcia Passos está feliz por ter sido útil na “casa da democracia” onde diz ter desempenhado as suas funções «no respeito pelos valores em que acredito e que são os valores da social-democracia, onde as pessoas estão sempre em primeiro lugar».
Márcia Isabel Duarte Passos Resende, conhecida por Márcia Passos, é desde 1995 advogada de profissão, tendo feito parte do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados. Tem exercido funções de docente e de formadora em instituições de Ensino Superior. Politicamente, desde 2017, exerce funções de deputada Municipal na Assembleia Municipal da Maia, sendo atualmente um dos elementos da mesa. A nível nacional, em 2019, foi eleita deputada à Assembleia da República, na lista do PSD, distrito do Porto e reeleita em 2021, cargo para o qual, por opção e motivos pessoais, pediu dispensa a partir do início deste ano.
Ao Maiahoje, a ex-deputada disse a propósito que «não serei candidata às próximas eleições legislativas, tendo decidido abraçar um projeto profissional que interrompi em 2019, quando fui eleita».
Naturalmente irei apoiar a coligação liderada pelo PSD às próximas eleições, um projecto governamental que tenho vindo a ajudar a construir e defender. Há claramente uma necessidade urgente do país mudar de rumo e essa mudança só é possível com o voto na “Aliança Democrática”.
Quanto ao trabalho na Assembleia da república, a deputada diz ter exercido com responsabilidade, espírito de missão e rigor «desempenhei as minhas funções no respeito pelos valores em que acredito e que são os valores da social-democracia, onde as pessoas estão sempre em primeiro lugar», disse.
A sua formação de jurista permitiu-lhe vivenciar de outra forma o trabalho legislativo «fui juntando, em cada oportunidade, todos aqueles que, tal como eu, acreditavam que cada linha de um Projeto de Lei, de um Projeto de Resolução ou de uma Pergunta ao Governo, poderia fazer a diferença na vida de alguém», acreditando que «é para os Portugueses e pelos Portugueses que um Deputado luta todos os dias. É por um país melhor, por um Portugal mais justo, seguro e evoluído que um Deputado se dedica à causa pública. Foi assim que estive ao longo dos últimos quatro anos, tentando ultrapassar dificuldades e aprendendo a perceber como é fazer política enquanto oposição. Em cada diploma que ajudei a criar e em cada intervenção parlamentar, esteve sempre presente o objetivo de ajudar a continuar a construir Portugal!», transmitiu.
A tarefa parlamentar obriga a estadias semanais na capital a deputada garante que nunca se deixou «iludir e nunca esqueci as minhas raízes, o meu berço e distrito do Porto, a Maia, o meu concelho, Vila Nova da Telha, a minha freguesia, as suas gentes, os colegas, os amigos e a minha família!».
«Hoje é momento de agradecer», diz em jeito de despedida.
«Faço-o sem citar nomes, pois sei que jamais conseguiria deixar uma palavra a todos os que a merecem, não só aqueles que estiveram comigo desde o primeiro momento e em mim confiaram, mas também aqueles que, tantas vezes na retaguarda, me apoiaram, comigo trabalharam, criticaram e elogiaram. Vivemos tudo tão intensamente e todos, mesmo todos, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos, ajudaram-me a evoluir e fizeram parte desta parte da minha história», uma história especial, marcada por momentos únicos e difíceis, como uma pandemia, estado de emergência e por crises económicas e políticas, mas «uma história que também permitiu conhecer pessoas maravilhosas e criar laços de amizade que ficarão para toda a vida! Uma história que contarei sempre com muito orgulho!».
«Tenho tanto, tanto para contar. Foi uma honra servir Portugal!», diz a deputada a terminar.
Recorde-se que deputada editou uma newsletter eletrónica, mensal, onde dava conta de toda a atividade do seu mandato, uma atividade muito apreciada que durou 50 meses e ao que sabemos inédita a nível pessoal. Na edição de Dezembro, Fernando Negrão, juiz de direito do Conselho Superior de Magistratura, conhecido por ter sido o juiz do primeiro “mega julgamento” em Portugal, ex-Ministro e agora deputado do PSD disse que «nesta Legislatura, não posso deixar de destacar a Senhora Deputada Márcia Passos, pela sua postura, educação, competência e seriedade com que sempre lidou com todos» elogiou sobre o trabalho da agora “apenas” ilustre jurista maiata.