Homem mata ex-mulher com arma de fogo, em Pedrouços
RADAR DE IMPRENSA
IN “JORNAL DE NOTÍCIAS”, 14 DE MARÇO 2023
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Um homem matou a ex-mulher, com uma arma de fogo, esta terça-feira à noite, na Maia. O homicida suicidou-se a seguir.
O alerta para o crime foi dado já depois das 22 horas desta terça-feira. Numa moradia da Rua Pedro Ivo, na freguesia de Pedrouços, o homem, José Artur, terá disparado uma espingarda caçadeira, atingindo mortalmente a vítima, sua ex-companheira, conhecida como “Sãozinha”.
A seguir, o homem terá tentado o suicídio. À chegada dos meios de socorro, ainda estava com vida, mas acabou por morrer, segundo fonte policial.
Um vizinho da vítima contou que o autor do crime já viveu com a vítima e, na terça-feira à noite, voltou à vivenda onde aquela se encontrava e deu-lhe dois tiros. A vítima, acrescentou, é filha de um abastado lavrador da Maia, conhecido por “Quim da Burra”.
A investigação está a cargo da Polícia Judiciária.
Hoje, dia 15 de março, o Jornal de Notícias avançou com a seguinte atualização:
José Artur nunca aceitou a separação com Conceição Ferreira e na noite de terça-feira matou-a com um tiro de caçadeira, antes de se suicidar com a mesma arma, em Pedrouços, Maia. Havia cerca de um ano que o homicida perseguia a ex-companheira e que ela evitava sair de casa para não se cruzar com ele.
“Eu disse-te que ia desgraçar a minha vida”. Terão sido estas as últimas palavras do homem, de 65 anos, antes de premir o gatilho da espingarda caçadeira contra “Sãozinha” – como era carinhosamente apelidada a mulher de 60 anos – à porta de casa desta, na rua Pedro Ivo.
“Ouvi um tiro e vim à janela. A senhora já estava no chão e depois vi-o a dar um tiro nele próprio”, explicou ao JN uma vizinha da vítima que ligou de imediato para a Polícia. A morte da vítima foi decretada no local por uma equipa do INEM, que encontrou o homicida em estado crítico e tentou reanimá-lo. José Artur acabou por morrer no hospital, pouco depois. A PSP isolou o local e identificou alguns vizinhos, enquanto inspetores da Polícia Judiciária do Porto recolhiam elementos de prova destinados a reconstituir o crime e a iniciar a investigação.
Sãozinha, que é proprietária de vários imóveis na zona, manteve uma relação com o homicida durante vários anos. Mas as constantes crises motivadas pelo excessivo consumo de álcool do companheiro levaram-na a por um término ao namoro.
“Ele bebia muito. E eles discutiam muito por causa disto. Depois de se terem separado, ela evitava sair de casa com medo de se cruzar com ele. Porque quando ele bebia tornava-se mau”, confiou uma vizinha e amiga da vítima.
Sandra Teixeira, 42 anos, que era como uma afilhada para “Sãozinha”, explicou ao JN que o homicida nunca aceitou o fim da relação. “Vinha aqui muitas vezes e ela não o queria ver porque dava sempre problemas. Ele era muito conflituoso e desgraçou duas vidas”.
O corpo de “Sãozinha” foi levado para a morgue já no início da madrugada de quarta-feira para ser autopsiado.