Iniciativa Liberal sobre expansão do metro do Porto
Segundo comunicado enviado às redações, os Núcleos Territoriais do Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Maia, Matosinhos e Trofa da Iniciativa Liberal mostraram as suas preocupações com a 3ª fase de expansão do Metro do Porto.
Segue-se o comunicado recebido:
“Os representantes locais do partido consideram que é impossível falar de “Metro 3.0” quando boa parte desta expansão é feita por autocarro, afirmando que se discute
mobilidade das cidades mas troca-se Metro por Bus, discute-se ambiente mas troca-se os carris e as catenárias, eficientes do ponto de vista energético, ambiental e económico, por equipamentos menos eficientes. O partido questiona se o Metro 4.0 irá fazer referência à Linha do Campo Alegre que revolucionaria a atual ligação por transportes públicos à zona ocidental do Porto ou ao prolongamento da Linha Rosa para norte referente à Linha Circular. Os liberais criticam o projecto e afirmam que não resolve os problemas de mobilidade da zona ocidental do Porto, do polo universitário e dos seus estudantes, dos habitantes da Constituição, da Prelada, do Amial e das Antas.
O partido refere ainda que a interligação da linha de São Mamede com a linha Amarela através de uma estação subterrânea a construir no IPO desvaloriza a proximidade da
estação do Hospital São João, que é hoje um importante interface com autocarros, e acrescenta transbordos desnecessários. A projeção de um nó de interligação comum
permitirá que os utentes efetuem o mínimo de transbordos possíveis para viajar entre a Linha Amarela, a Linha de São Mamede e a Linha da Maia II e que o Hospital São João seja um verdadeiro polo intermodal que congregue um interface com autocarros e a Linha Amarela, a Linha de São Mamede e a Linha da Maia II e, futuramente, a ligação à Linha de Leixões numa só estrutura única.
Em comunicado, os representantes locais da IL consideram que não se percebe também a escolha da interseção com a linha C ser feita no Parque Maia e que faria mais sentido utilizar a estação da Zona Industrial para esse efeito, o que permitiria dar mais opções às pessoas que lá trabalham. Assim não teria de se escavar túneis por debaixo de múltiplas zonas residenciais, diminuindo assim o custo e impacto da obra e valorizava aquela que é uma das maiores zonas industriais do país. Esse troço também irá ter um impacto ambiental negativo em várias zonas verdes, inclusive no corredor do Rio Leça, numa altura em que este está em processo de recuperação.
Relativo à Expansão da Linha Verde, esta não é uma extensão de Metro até à Trofa. É uma ligação realizada em combinação de metro e autocarro com transbordo na estação do Muro. A população da Trofa não recupera a ferrovia do antigo ramal da Linha de Guimarães, perde a ligação direta ao Porto via Metro prometida há 20 anos e fica sujeita a um serviço de Metrobus. Sobre a Linha do Souto, é importante referir que o projeto inicial previa uma linha totalmente independente, com interface na estação de Campanhã
Verifica-se a insistência na adoção do BRT ( Bus Rapid Transit ou “MetroBus”) que é 90% autocarro, 10% metro e 0% solução”.