Linha de comboio obriga a demolição de casa na Maia
Em causa está a renovação da ferrovia entre Contumil e Ermesinde.
O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da quadruplicação da Linha do Minho entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), consultado pela Lusa, prevê a demolição de 88 edifícios ao longo do traçado, dos quais 21 habitações atualmente em uso.
Segundo resumo não técnico do EIA, datado de fevereiro, disponibilizado na semana passada no “site” da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e hoje consultado pela Lusa «com a implementação do projeto serão demolidas noventa construções (oitenta e oito no Troço de Contumil — Ermesinde e duas na Ligação da Rua Garcia da Orta — Rua Padre Joaquim das Neves). Destas habitações, vinte e uma correspondem a habitações em uso, sendo as restantes garagens/anexos/armazéns ou habitações abandonadas».
Tudo isto se deve à quadruplicação da linha ferroviária do Minho, entre as estações de Contumil e Ermesinde, que deverá avançar em 2024 e custar 120 milhões de euros, segundo informação da Infraestruturas de Portugal (IP).
O estudo divide-se em quatro áreas, sendo a primeira nos concelhos do Porto e Gondomar; na segunda zona, em Rio Tinto «está prevista a demolição de uma habitação (…) um conjunto de armazéns com função industrial e ainda alguns anexos/telheiros». A terceira zona diz respeito à estação de Rio Tinto «cinco habitações, das quais quatro se encontram devolutas».
Na quarta zona, já envolvendo os concelhos de Valongo e Maia, as demolições previstas «correspondem a quatro habitações (uma no concelho de Gondomar, uma no concelho da Maia e duas no concelho de Valongo», estando ainda prevista «a demolição de duas garagens, duas anexos e um armazém».
De acordo com o EIA publicado no ‘site’ da APA, «a fase de construção do projeto terá a duração de 42 meses, a que acrescem três meses para a montagem e desmontagem dos estaleiros de obra».
Apeadeiro de Águas Santas:
Segundo o documento disponibilizado pela Infraestruturas de Portugal, o atual Apeadeiro de Águas Santas, localizado sobre a A4 será requalificado, através de uma solução descentrada de plataformas de passageiros. A plataforma do lado nascente desenvolve-se para norte da Passagem Superior.
Para este apeadeiro foi prevista a reposição do caminho pedonal atualmente existente, no lado direito da via, para ligação à rotunda da Palmilheira.
O apeadeiro irá ainda dispor de acessos, áreas e circulações necessárias ao seu funcionamento.
No que diz respeito ao estacionamento, serão criados 54 lugares no parque de estacionamento localizado a norte da A4, a poente do apeadeiro. Será ainda feita uma ligação em rampa do apeadeiro à parte sul do parque até à cota superior da Passagem Superior Pedonal a prolongar.