Livro de maiato apela à reflexão sobre a vida
Maiato, Rui Alexandre Oliveira, lançou o seu primeiro livro “Recomeço – Porque mereces ser feliz!”, cujo lançamento oficial se realizou no dia 12 de abril, no auditório da Junta de Freguesia de Folgosa.
O autor de 29 anos, inspirou-se durante o período de pandemia, refletindo sobre a vida e questões existenciais.
Maia Hoje (MH): Apresentou recentemente o seu primeiro livro “Recomeço – Porque mereces ser feliz!”. Como é que nasceu esta obra e o que é que o levou a escrever?
Rui Oliveira (RO): Esta obra nasceu, sobretudo, a partir da minha paixão pela escrita, desde tenra idade, em que ia escrevendo pequenas histórias e poemas, tendo sempre tido o sonho de editar, um dia, um livro.
Com a pandemia e o isolamento social, não tendo nessa altura, ainda, descoberto o meu próprio estilo, dediquei-me a fazer um conjunto de reflexões com base naquilo que ia sentindo num determinado momento e com base no que ia observando. Foi algo espontâneo e dinâmico.
Mais de cem textos foram então guardados no meu blog emlinhacomosentir.blogspot.pt e, mais tarde, depois de muita insistência dos que me são mais próximos, cerca de vinte editados sob a forma de uma coletânea de “prosa poética”, neste caso, o livro que agora está a ser divulgado.
MH: Falando um pouco sobre o título…porquê “recomeço”?
RO: “Recomeço – Porque mereces ser feliz”, tendo em conta que os seus textos foram escritos durante o período da pandemia. Todos nós sabíamos, para lá do desejo, muitas vezes inconsciente, que não ia, na realidade ficar tudo bem e que, para isso, teríamos de ter a tomada de consciência e a resiliência necessárias para um processo de recomeço, uns mais do que outros. Aliás, a vida é um processo de recomeço constante. Porque não, lendo “recomeço”, texto por texto, imaginar um ser hipotético desde a tomada de consciência do processo de recomeçar, passando pelo seu início propriamente dito, obstáculos e interrogações, a solidificação do mesmo, o seu auge, “o instante do céu”…
Até ao início de um novo recomeçar… Sem estar preso a um tempo ou a um espaço.
MH: Como já referiu, este livro surgiu durante o período de pandemia. Sendo explicador e dando apoio ao estudo a crianças e adolescentes, a paixão pela escrita já vem de trás
ou foi sendo descoberta em período pandémico?
RO: O estilo, se é que podemos dizer que é um estilo, pelo menos consensual, da “prosa poética”, podemos dizer que foi descoberto em período pandémico. Como já mencionado, a paixão pela escrita surgiu ainda na infância.
MH: “Trata-se de uma coletânea de textos/reflexões sobre a vida e as questões existenciais”. Que reflexões e questões existenciais são essas?
RO: Procuro não me debruçar em demasia sobre questões específicas. Cada leitor poderá interpretar à sua maneira, conforme a situação que estiver a viver num dado momento. Daqui a algum tempo, a interpretação de um texto ou da obra em si poderá ser diferente da ideia que tem hoje.
Contudo, podemos afirmar que, dentro desta lógica de recomeçar, o livro debruça-se em questões como a individualidade, o nosso propósito de vida, a capacidade de nos ultrapassarmos a nós próprios, a solitude da vida, a importância de viver o momento presente, o nosso papel no mundo, a comunicação interior, o amor próprio e ao próximo, a crença que a vida não é finita, a importância de virtudes como a fé e a esperança, entre outros…
MH: Esta é uma obra direcionada para que público?
RO: Sendo uma obra com uma certa profundidade, que nos obriga a pensar sobre a vida e as questões da existência, que procura ajudar no esclarecimento de certas dúvidas relativamente ao real sentido da vida, é bastante indicada a partir da fase da adolescência, talvez a partir dos doze anos de idade, exigindo sempre uma certa maturidade, claro, e terminando nos nossos centenários…
MH: Para terminar, já tem na ideia escrever mais algum livro?
RO: Sim. Há uma ideia pré-definida na minha cabeça para um novo livro e se Deus quiser outros livros virão.
Contudo este ainda é o tempo da atual obra que me está a dar muito prazer divulgar e trabalhar… Quero continuar a ouvir as impressões de cada um, sem a banalidade do que chamamos de “opinião”, pois são relativas!
O livro está a ser editado pela Primeiro Capítulo, chancela do grupo Atlantic Books, estando já a ser comercializado na livraria Martins e disponível nos parceiros da editora, como Auchan, Fnac, Bertrand, Sonae, CTT, entre outros.