Maia apresenta maior acréscimo no preço da habitação
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, recentemente, os resultados atualizados até ao terceiro trimestre de 2024, das Estatísticas de Preços de Habitação ao nível local com base em dados administrativos provenientes da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
Média nacional cresce 10% e é de 1.819€/m2.
De acordo com o estudo, o preço medio dos alojamentos familiares em Portugal registou um aumento fixando-se em 1.819 euros por metro quadrado. Este valor representa uma variação positiva de 10,8% em comparação com o mesmo período de 2023, um crescimento considerável que supera o aumento de 6,6% verificado no trimestre anterior.
Este aumento de preços foi observado em 22 das 26 sub-regiões NUTS III de Portugal, com destaque para o Alto Alentejo, que apresentou o maior crescimento, com uma variação de 26,3% face ao ano passado. Entre as regiões com os preços medianos mais elevados estão a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e a Área Metropolitana do Porto, que apresentam, igualmente, os valores mais altos nas transações realizadas por compradores com domicílio fiscal no território nacional e no estrangeiro.
Estrangeiros pagam mais 54,2% no Porto.
A diferença de preços entre os compradores com domicílio fiscal em Portugal e os residentes no estrangeiro é notável, especialmente na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto. No caso da Grande Lisboa, os preços pagos por compradores estrangeiros superaram em 63,3% os valores das transações realizadas por portugueses, enquanto na Área Metropolitana do Porto a diferença foi de 54,2%.
Em termos de municípios, a aceleração dos preços foi particularmente notável em 13 das 24 cidades com mais de 100 mil habitantes, um número superior ao registado no trimestre anterior (12 municípios).
Preços na Maia crescem e baixam no Porto e em Matosinhos.
O município da Maia destacou-se com um aumento expressivo de 13,8 pontos percentuais na taxa de variação homóloga dos preços, sendo o maior crescimento no período. Por outro lado, Porto e Matosinhos registaram as maiores quedas na taxa de variação homóloga, com descidas de -10,7 e -10,3 pontos percentuais, respetivamente.
Lisboa, com um preço mediano de 4.336 €/m2, foi o município que apresentou o preço mais elevado, seguido de Cascais (4.052 €/m2), Oeiras (3.576 €/m2) e Porto (2.960 €/m2), que se mantiveram como as principais cidades com os valores mais altos no mercado imobiliário português.