Maia é motor do crescimento demográfico da Área Metropolitana
Em pleno Verão, altura de férias, o Jornal da Maia foi procurar os últimos dados estatísticos referentes ao concelho da Maia e encontrou números promissores para o município. Entre demografia, nível de emprego, empresas e exportações, os valores encontrados são francamente positivos. Confira connosco.
Maia confirma tendência de crescimento demográfico
Segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o concelho da Maia continua em franco crescimento demográfico, contrariando a tendência nacional e mesmo da região Norte, alavancando também assim a tendência de crescimento da Área Metropolitana do Porto (AMP) nos últimos dois anos (ver quadro 1).
Sendo o 16º concelho com maior crescimento a nível nacional (entre 308 concelhos, ver quadro 2), a Maia no período entre 2011 (últimos censos) e 2017, registou um saldo positivo de 832 novos residentes, contrastando com os números nacionais que registam uma perda de 251.371 habitantes; da região Norte, que perdeu 111.019 e da AMP que recuou 39.289 habitantes.
Em termos gerais, dados de 2017, a Maia é o 18º maior concelho populacional do país, o 8º da região Norte e o 6º da AMP (ver quadro 3).
Em relação ao número de habitantes por quilómetro quadrado, a Maia ocupa a 13ª posição nacional, 5º da região Norte, com cerca de 1.649 habitantes por quilómetro quadrado (ver quadro 4).
Em habitantes, Maia contribui decisivamente para melhoria da AMP
Se observarmos apenas os últimos dois anos, apesar de negativo, o ritmo nacional de perda de habitantes abrandou, tendo neste período, o país, perdido 18.546 habitantes e o Norte 8.370. A AMP, por seu lado confirma o crescimento com 681 novos habitantes, sendo que a Maia é responsável pelo factor positivo da AMP, com a captação de 758 novos habitantes, tendo neste período sido o 9º melhor entre os 308 nacionais (ver quadro 5).
Desemprego desce em valores superiores aos nacionais
Segundo o IEFP, no segundo trimestre deste ano, em Abril, Portugal continental registava 350.209 desempregados (-4,93% do que em Março); a Região Norte 158.432 (-3,67% do que em Março) e a Maia 5.715 (-3,52% do que em Março), uma tendência local, apesar de tudo inferior ao esperado, mas que se iria reverter, como veremos nos dois meses seguintes.
Assim, em Maio, Portugal continental registou uma descida para os 325.160 desempregados (-7,70% do que em Abril); a Região Norte 147.254 (-7,59% do que em Abril) e um grande salto da Maia com 5.183 (-10,26% do que em Abril).
Em Junho, a tendência solidificou-se e em Portugal continental registaram-se 308.245 desempregados (-5,49% do que em Maio); na Região Norte 139.288 (-5,72% do que em Maio) e na Maia 4.786 (-8,30% do que em Maio), valor superior à média nacional e mesmo regional.
Desde Dezembro 2017 até Junho (ver quadro 6), Portugal registou -22,56%, na Região Norte -21,50% e na Maia -29,77%.
Criação/ encerramento de empresas em Junho
Em Junho foi registado, entre empresas criadas e dissolvidas /falidas, um saldo negativo de apenas uma empresa, tendo sido neste mês constituídas 39 novas empresas, com destaque para a freguesia Cidade da Maia (ver quadro 7), sendo que as actividades imobiliárias e transportes lideraram o processo (ver quadro 8). Dissolvidas foram 30 empresas, lideradas pelo sector comercial (ver quadro 9). Em termos de insolvência, foram declaradas 10 empresas, lideradas também pela área comercial (ver quadro 10), o que em conjunto com as dissolvidas representam 40 empresas, o que confirma o desequilíbrio negativo da balança.
Exportações em Maio crescem 17,86%
Segundo o INE, em Maio, as empresas registadas no concelho da Maia, registaram um volume de exportações de 174.040.299 euros, o que representa um valor de 3,36% do transacionado nacional, 8,72 da região Norte e 16,83% da AMP.
Face a Maio de 2017, a Maia regista um crescimento de 17,86%, valor muito superior ao registo nacional de 6,17%, do Norte 2,28% e da AMP com 0,93%.
Com dados referentes a Abril deste ano, encontramos o quadro 11, que nos refere a Maia como o 4º concelho mais exportador, apenas suplantado por Famalicão (3º), Palmela (2º) e Lisboa (1º). A Norte a Maia é a penas superada por Famalicão (diferença de apenas 385.129 euros), sendo o nº 1 da AMP.
Infografia JM
Fontes de Pesquisa:
CM Maia, MaiaGo, INE e IEFP