«Maia resgata história com aquisição da emblemática Quinta do Mosteiro»
Com tem sido hábito, a Câmara Municipal da Maia não tem dado conhecimento antecipado, pelo menos ao Maia Hoje e Jornal da Maia, os mais representativos órgãos de comunicação do concelho, das importantes atividades que neste município têm lugar, como é o caso da aquisição da Quinta do Mosteiro. Os jornalistas deparam-se com atos consumados, sem discussão pública e opacos, sistematicamente não sendo convidados para testemunhar e colher reações dos intervenientes, destes atos.
Pelo facto, a redação, e como forma de protesto, vai apenas aqui publicar, na íntegra, a nota de imprensa que nos fizeram chegar.
Esperamos, que tal facto, seja da compreensão dos nossos leitores, reservando-nos futuramente ao direito de não publicar estes “comunicados”.
Nota de imprensa da CM Maia:
«A Câmara Municipal da Maia procedeu à assinatura da escritura para a aquisição da Quinta do Mosteiro, na freguesia de Moreira. Esta operação reforça o compromisso da autarquia em preservar a identidade e memória da Maia, garantindo a salvaguarda e valorização de um património único que, em breve, deverá estar acessível à fruição pública.
A Quinta do Mosteiro, com uma área total de 163.927 metro quadrados, inclui vastos jardins formais, fontes, um lago e edificações agrícolas e residenciais com uma área construída de 8.233 metros quadrados.
O conjunto tem um elevado valor histórico e cultural, estando associado ao antigo Mosteiro do Divino Salvador de Moreira, fundado no ano de 872.
A propriedade, ao longo dos séculos, foi cenário de relevantes acontecimentos históricos e acolheu personalidades de renome, incluindo o Conselheiro Luís de Magalhães, figura política destacada do período final da monarquia.
Escritores e intelectuais, como Eça de Queirós, também foram frequentadores assíduos do local, que inspirou passagens literárias de grande beleza.
Com esta aquisição, a Câmara Municipal da Maia pretende preservar e valorizar o património histórico e arquitetónico da Quinta do Mosteiro. A propriedade oferece condições excecionais para a criação de um grande parque público de lazer intimamente ligado à natureza e à ecologia, enriquecendo a rede de espaços verdes do município.
Agora, o edificado poderá ser adaptado para acolher atividades culturais e de investigação, como um polo ligado ao arquivo histórico e à literatura. O objetivo passa por tornar este espaço num ponto de referência cultural e patrimonial da região, valorizando, inclusive, o Caminho de Santiago».