Márcia Passos: «São 14 km onde 10 são portajados. Para quando senhora ministra?»
No passado dia três de novembro, a deputada Márcia Passos, eleita nas listas do PSD pelo círculo eleitoral do Porto, na Comissão de Orçamento e Finanças, questionou de novo a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, sobre a A41.
«São 14 quilómetros onde 10 são portajados» começou por sublinhar a deputada que logo de seguida, para que não restassem dúvidas esclareceu que estava a referir-se à A41 «uma via estruturante que rasgou o concelho da Maia e que obrigou os maiatos a pagar portagem para circular dentro do seu concelho».
Para Márcia Passos esta é «uma situação única de um desequilíbrio atroz no país e que a senhora ministra diz-me sempre que está atenta e eu sou obrigada a concluir que não está atenta e que não há qualquer ação», refere, acrescentando que «o que nós lhe pedimos é ação e não são os maiatos que lhe pedem ação, são as populações da Área Metropolitana do Porto, são todos aqueles que se deslocam de Sul para Norte e de Norte para Sul e que são obrigados a usar a VCI, uma estrada completamente saturada e que não responde às atuais necessidades de mobilidade e se me perguntar se há alternativas, a senhora ministra sabe que há, e a alternativa é exatamente à A41, mas é uma alternativa que obriga a quem lá circula a pagar portagens de valor muito elevado», justificou.
A critica política subiria de tom quando a deputada acusou a ministra de falta de atenção «isto senhora ministra já não é atenção é falta de atenção e é esta falta de atenção que eu hoje não posso deixar de realçar e de lamentar».
A terminar a deputada questionou «para quando senhora ministra, para quando e até quando se vai manter esta situação», lembrando que «desde 2019, esta é a oitava vez que eu lhe falo deste assunto, espero que não seja a oitava vez que me vai responder que está atenta, que vai ligar ao senhor presidente da Câmara da Maia, que eu sei que o faz regularmente, e que me vai dizer que vai resolver, porque já não vamos acreditar. Para quando senhora ministra, não pode continuar a vir a este parlamento dizer apenas e só que está atenta», terminou.