Moradores do Castêlo da Maia oferecem-se para mediar impasse na freguesia
Impasse na instalação de órgãos autárquicos do Castêlo da Maia mantém-se. Reunião de cinco de novembro resolveu “metade” do problema elegendo o executivo. Desacordo para a Mesa da Assembleia continua. Novo “round” aprazado para 19 de Novembro.
Depois da eleição de Manuel Azenha para presidente da Junta de Freguesia do Castêlo da Maia, a 26 de setembro, e da instalação do novo executivo ter sido chumbada a 16 de outubro, na passada sexta-feira, dia cinco de novembro, decorreu nova reunião de Assembleia de Freguesia.
Segundo o que o Jornal da Maia tinha avançado sobre este assunto, na reunião de instalação dos órgãos autárquicos, as listas de Manuel Azenha (PSD/CDS) foram chumbadas por toda a oposição, a saber, Partido Socialista (PS) e movimento independente, Compromisso Castêlo (CC).
À segunda tentativa, a proposta do presidente sobre o executivo, foi aprovada com sete votos a favor e seis contra. Já para a eleição da Mesa da Assembleia, a proposta do presidente foi rejeitada.
«Foram novamente incapazes de eleger o presidente de Mesa da Assembleia de Freguesia e respetivos secretários», refere a Associação de Moradores do Castêlo da Maia (AMCM), acrescentando que esta situação «leva a crer que há cidadãos mais preocupados com a promoção de jogos políticos e com a defesa das suas ambições pessoais do que com a gestão da freguesia».
Armindo Moutinho, candidato pelo Partido Socialista, revela que esta foi uma eleição «diferente» já que nesta segunda reunião o boletim de voto já continha a possibilidade de aprovar e rejeitar a lista candidata à Assembleia de Freguesia «por solicitação, forneceram um boletim com duas quadrículas, sendo que uma continha a hipótese de rejeição, o que faz toda a diferença. Portanto, foi rejeitada, não foi eleita, tendo a votação sido suspensa por 15 dias».
Fernando Ferreira, do movimento independente Compromisso Castêlo, diz ser importante que «cada força política esteja preparada para defender o projeto político que apresentou ao Castêlo, independentemente de qualquer tipo de pressão que possa sofrer». Este acrescenta também que acredita «piamente» que o melhor para a freguesia foi apresentado em período de campanha e «não pode sofrer pressões externas, não pode comprometer aquilo que as pessoas consideravam e acreditavam convictamente que era o melhor para o Castêlo».
Os órgãos sociais da Associação de Moradores acrescentam ainda entender que «não podemos continuar a mantermo-nos à margem desta situação» e que «é a nossa freguesia e os nossos concidadãos que são desrespeitados com todo este imbróglio».
Neste sentido, a AMCM em comunicado enviado à comunicação social apela a «um entendimento de fundo entre todos os cidadãos com assento na Assembleia de Freguesia para que, de uma vez por todas, seja consensualizada uma lista à Mesa da Assembleia de Freguesia, permitindo, por fim, concluir um processo que se arrasta tempo demais».
Este apelo estende-se ainda ao executivo da Câmara Municipal da Maia, à direção da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e às lideranças concelhias dos vários movimentos políticos e de cidadãos «para que intervenham, dentro das funções de cada organismo, no sentido de urgentemente proceder à normalização desta situação», diz a AMCM.
Por fim, a Associação de Moradores do Castêlo da Maia refere que está disponível para «ser parte integrante da solução», disponibilizando-se também para «promover pontes de entendimento e de diálogo, contribuindo para encontrar soluções que resolvam de vez um imbróglio público e político que nos deveria fazer corar de vergonha».
De referir que a próxima reunião será realizada na sexta-feira, dia 19 de novembro.