Obras na Ponte do Brás Oleiro causam transtorno aos moradores
Orçamento inicial rondava os 250 mil euros. No entanto, devido aos trabalhos complementares aumentou para os 368 mil euros.
Os moradores e utilizadores da ponte do Brás Oleiro, em Águas Santas, queixam-se do transtorno causado pelo corte da Rua de D. Afonso Henriques. Segundo o que disse Odete Pinto ao JN, «isto obriga-nos a uma logística gigante até para fazer pequenas coisas do dia a dia. É frustrante».
Até já há quem veja o corte desta rua como «uma fronteira que divide a população». A moradora acrescentou ainda que «naquele lado da ponte é uma vida. Neste é outra».
Segundo o JN, prevê-se que as obras estejam concluídas no início de maio. O prazo inicial era no final de fevereiro, mas atrasou devido a trabalhos complementares. Isto também fez aumentar o orçamento, que era inicialmente de 250 mil euros, e atualmente é de 368 mil euros.
Os caminhos alternativos são estreitos, tanto para carros e autocarros, como para os peões. De acordo com o JN, muitas pessoas relataram que «não vejo ninguém a trabalhar aqui», o que para os residentes «é revoltante, porque isto é um incómodo muito grande e cada vez que aqui passo nunca vejo as obras a decorrer na ponte», revelou Fonseca de Almeida, morador.
Outro problema são os motociclistas que, apesar da existência de sinais de proibição, continuam a passar pela via destinada aos peões para evitarem desvios maiores. Os moradores já reclamaram, mas dizem que «não respeitam as pessoas» e ainda que «não há ninguém vigilante».
António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, foi contactado pelo JN e explicou que «o funcionamento da via férrea causou alguns transtornos na realização das obras» e que, por esse motivo, o trabalho era feito durante a noite. O presidente também relembrou que a ponte estava em ruína e que «se não fosse agora, podíamos não evitar uma desgraça», acrescentou.
Segundo o JN, Pedro Tiago, um dos arquitetos responsáveis pela obra, declarou que foram verificados problemas de instabilidade na estrutura e que por esse motivo «houve a necessidade de reforçar a amarração da ponte». Deste modo, as obras estão a decorrer de forma faseada, sendo que um dos lados já está concluído.
De acordo com o JN, a partir desta semana, já será possível passar na parte concluída, enquanto continuam as requalificações no outro lado da ponte.
Joana Sousa e Silva, trainee
Bruna Pinto Lopes, jornalista