Obras nas condutas de água em Águas Santas envolvem 17 arruamentos e durarão 750 dias
A empreitada de “Instalação da Rede de Distribuição de Água da Zona do Corim” teve início em 1 de outubro do ano passado e conclusão prevista para 30 setembro 2026, num prazo 750 dias. O investimento ronda os 1,8 milhões de euros e contempla a substituição de quase 5 km de condutas de água existentes e 550 ramais de ligação na zona de Corim, freguesia de Águas Santas.
A referida estrutura existente, segundo a Câmara Municipal da Maia «é composta por condutas de água em fibrocimento, que apresentam constantes avarias e roturas que, consequentemente, requerem intervenções imediatas por parte dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento da Maia, tendo em vista o restabelecimento do funcionamento», razão pela qual «o âmbito da empreitada tem por objetivo substituir a conduta distribuidora de água na Rua D. Afonso Henriques e arruamentos envolventes assim como os ramais de ligação no Lugar de Corim, procedendo-se a repavimentações dos passeios e arruamentos, com base nos seguintes factos e pressupostos:
– O tempo de vida útil do material está ultrapassado;
– Promover uma indubitável melhoria da qualidade da água;
– Executar novas ligações às redes de distribuição, melhorando o respetivo funcionamento hidráulico e o serviço prestado;
– Beneficiação dos pavimentos e arruamentos, devido aos danos significativos que este tipo de obras acarreta», refere a Câmara Municipal da Maia.
Comerciantes divididos entre o «é necessário» e a indignação
Alguns comerciantes transmitiram ao “JN” que se sentem estar a ser prejudicados nas suas atividades como é o caso de um profissional de barbearia que, além de afetado pelo corte da via, sente as dificuldades de trabalhar quando existem cortes de água e um outro caso, de um proprietário de um Stand Automóvel, que se queixa neste ano ainda não ter vendido nenhuma viatura e ainda sofrer com o pó e lama gerado pelas obras.
Um comerciante local, disse ao Jornal da Maia que «é certo que ninguém gosta de obras à porta, mas por outro lado na minha atividade, para já, as obras não têm tido grande impacto, «mas compreendo que pior é a situação de colegas empresários como o Stand de Automóveis, que se sente muito prejudicado, acredito», disse, acrescentando a terminar que «compreendo as duas partes e a necessidade de obras. Olhe, se calhar, pior foi quando fecharam a ponte ali mais à frente, mas se pudessem acelerar as obras, eram atitudes bem-vindas e que todos iriam apreciar».
Ao Jornal da Maia, a Câmara Municipal da Maia esclarece que «a intervenção na Rua D. Afonso Henriques, vai ocorrer até 15 de abril do ano em curso», acrescentando que «a obra tem uma envolvente maior, que não se circunscreve à Rua D. Afonso Henriques, pelo que a duração da empreitada foi definida em função do planeamento e do tempo necessário para a executar dos respetivos trabalhos em função da sua natureza e tipologia. É uma obra de grande envolvência que abrange 17 arruamentos», diz o Município.