Primavera Sound Porto gera impacto económico de 43 mil milhões de euros
Estudo realizado pelo ISAG-EBS e pelo CICET-FCVC concluiu que o gasto médio diário por pessoa na cidade de Porto foi de 397,87 € e no recinto do festival cerca de 42,28 € euros por dia.
O Primavera Sound Porto atraiu milhares de pessoas ao Parque da Cidade, entre os dias seis e oito de junho, o que gerou um grande impacto económico global na cidade de 43,4 € milhões de euros de acordo com o estudo realizado pelo ISAG-EBS e pelo CICET-FCVC, calculado com base nas despesas realizadas em alojamento, refeições, cultura/lazer, viagens e deslocações na cidade, entre outros gastos.
No recinto os visitantes gastaram em média 126,85 € e os residentes fora da Área Metropolitana do Porto (AMP) ou no estrangeiro realizaram uma despesa média, por dia, na cidade 397,87 €. No balanço do impacto económico, o alojamento foi a despesa mais significativa (117,74 € diários), com 29,8% dos inquiridos a escolherem o hotel para pernoitarem no Porto. Em casa de amigos/familiares foi a preferência de 27,0% dos inquiridos, alojamento local 21,0% e hostel de 11,1%. Os visitantes permaneceram, em média, 3 noites na cidade.
Ainda relativamente aos gastos diários na cidade, nestes dias de música e festa, destaca-se também as despesas com restauração, de em média de 51,53 €, e com cultura/lazer de 39,64 €.
No final de contas, o Primavera Sound Porto termina com o grau de satisfação global dos inquiridos de 4,2 valores, medido numa escala de 1 a 5. Entre os vários critérios avaliados, o local foi o que mereceu melhor nível médio de satisfação (4,3), com a cenografia (4,2), restauração (4,2), programação musical (4,0) e organização do festival (4,0) também a serem apreciados pelo público.
Segundo o estudo, os visitantes adotaram práticas sustentáveis, sobretudo a redução no uso de descartáveis e o aumento de uso de reutilizáveis, como os copos, (80,7% consideraram como importante e muito importante), o reforço dos pontos de recolha (seletiva) dos resíduos no recinto (80,3%), a disponibilização de água potável não engarrafada (78,3%) e a promoção da mobilidade sustentável (76,7%).
Entre os principais motivos que atraíram o público ao Parque da Cidade foram ouvir música ao vivo (83,5% consideraram como importante e muito importante), assistir às bandas ou artistas favoritos (81,7%) e assistir a artistas de renome nacionais e internacionais (80,8%). O entretenimento e diversão (78,3%) e a atmosfera do festival (76,8%) foram indicados como outros fatores relevantes.
Ainda, relativamente ao perfil sociodemográfico do total de inquiridos, 60,2% eram do género feminino, apresentavam uma média de idades de 28,6 anos. A maioria encontrava-se solteiro (69,7%), com nível de habilitações académicas de pelo menos uma licenciatura (70,3%).