Promessas não cumpridas, reabilitação, estacionamento e ambiente
No dia sete de fevereiro, pelas 21h30, reuniu a Assembleia Municipal da Maia na sua primeira sessão ordinária, no Salão D. Manuel I, nos Paços do Concelho.
António Bragança Fernandes, presidente da Assembleia Municipal, presidiu à reunião, enquanto que Márcia Passos, primeira secretária da mesa, foi substituída pelo deputado Pedro Carvalho.
Miguel dos Santos acusa presidente de «não cumprir com a palavra».
No período antes da ordem do dia, o deputado e presidente da Junta de Freguesia de Águas Santas, Miguel dos Santos, interveio na reunião para «lembrar e insistir» com o presidente da Câmara sobre alguns problemas recorrentes. Ressaltou os «lastimáveis arruamentos da freguesia», situação que já foi reportada anteriormente e que, segundo o seu discurso, «continua em adiamento, mesmo após a sua palavra de que esta melhoria iria acontecer»; demonstrou preocupação do corte de abastecimento de água, particularmente na Rua D. Afonso Henriques «sem avisos prévios atempados», provocando o encerramento dos estabelecimentos de ensino por falta de condições; necessidade de alteração do local da lomba recentemente construída na Rua Terramonte que tem originado inúmeras inundações na habitação contígua; corte ao trânsito na nova acessibilidade ao edifício da Junta de Freguesia com recurso à colocação de vigas em ferro que danificaram brutalmente esta obra concluída há pouco mais de três meses.
Miguel dos Santos diz estar disponível para colaborar nestas reabilitações sem data de início. Nomeia de «construção selvagem» as tentativas de construção em cima de edifícios antigos que também necessitam de reabilitação. Em comparação com a Cidade da Maia, afirmou que esta «se apresenta mais harmoniosa e que, em breve, não será possível circular em Águas Santas pelos altos edifícios e alta taxa de mobilidade para habitação dos mesmos».
Promessas não cumpridas… há um ano!
No período de intervenção do público registaram-se várias intervenções. Sónia Miranda demonstrou desagrado relativamente à lomba construída à frente do portão da casa dos seus avós, na Rua Terramonte, que provoca inundações em dias de chuva intensa.
Em reportagem anteriormente realizada pelo Maia Hoje, a Câmara Municipal da Maia informou que «a questão já foi identificada e irá ser resolvida pelos serviços da Divisão de Projetos, Espaço Público e Infraestruturas com a maior celeridade possível, através da execução de novos órgãos de drenagem de águas pluviais, de forma a assegurar a resolução do problema existente». No entanto, Sónia Miranda afirmou em janeiro «ficaria esperançosa, se não me tivessem dado essa mesma resposta há um ano…». Na reunião, o presidente da Câmara, Silva Tiago, disse não ter conhecimento do assunto, mas afirmou que esta iria ser removida.
Reabilitação de espaços desportivos
Ainda na intervenção do público, o maiato Nuno Miguel Oliveira e Sá, apresentou a sua insatisfação com um campo de futebol e os parques infantis abandonados na Urbanização do Chantre. Questionou «sendo a Maia uma cidade ligada a juventude e desporto, não seria importante a reabilitação destes espaços?», mas não obteve resposta.
O maiato Nuno Gomes discursou sobre o empreendimento em construção junto ao Parque de Estacionamento Parque Maia, que tem causado problemas de estacionamento e poderá reduzir o estacionamento disponível para o uso do metro.
Carlos Alberto Resende, falou da iluminação inexistente ou não funcional pelas ruas da cidade que, em zonas movimentadas, precisam da devida atenção.
Parquímetros na Cidade da Maia
O deputado do Partido Socialista, Manuel Meireles, abriu este assunto demonstrando o seu descontentamento com os parquímetros que iriam ser colocados pelas ruas da Cidade da Maia, no entanto, e segundo o presidente, o seu confronto não foi aceitável visto que a medida tinha sido previamente aprovada em Assembleia Municipal e nas respetivas juntas de freguesia.
Maria Manuel Ramos, do Partido Socialista, destacou a Quinta do Mosteiro que, a 23 de janeiro, realizou a sua escritura pública por 5,2 milhões de euros, com a principal intenção de valorização do património histórico, no entanto, é contra a sua transformação num arquivo histórico pelo seu valor patrimonial.
Abate de Sobreiros para construção de habitação preocupa socialistas
Em discussão no período da Ordem do Dia deliberou-se sobre o abate de sobreiros para viabilização de execução da operação 1º Direito/ PRR “Construção de 29 fogos – Rua do Outeiro, Cidade da Maia”, contratualizada com o IHRU.
O deputado socialista, Manuel Meireles, questionou a possibilidade da transferência destas árvores, em vez do seu abate, à qual o presidente da Câmara da Maia respondeu que são nove os sobreiros em risco de abate e não a sua totalidade e que se trata de seguir a Lei.
A deliberação foi aprovada por maioria com os votos contra do deputado Manuel Meireles e abstenções do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda.