PS Maia afirma que Francisco Vieira de Carvalho é «segunda escolha do PS, tendo sido imposto pela Comissão Permanente e não eleito democraticamente pelos órgãos locais»
Em nota enviada hoje (16 de julho de 2021) à imprensa, a concelhia da Maia do Partido Socialista, através de comunicado intitulado «Esclarecimento sobre formalização da Coligação “Um Novo Futuro – PS/JPP», mostra que a “traição” da Nacional, nomeadamente da Comissão Política Permanente do PS, ainda não foi perdoada e não gera consenso.
Escreve Paulo Rocha, líder da concelhia maiata, que «na sequência do anúncio da formalização da Coligação “Um Novo Futuro – PS/JPP”, para o concelho da Maia, venho por este meio prestar os seguintes esclarecimentos», que enumera em cinco pontos.
O presidente do PS Maia começa por definir o que, em termos estatutários, são estruturas locais «secções e concelhias», e que órgãos locais concelhios são «a Comissão Política Concelhia, a Mesa da Comissão Política Concelhia, o Presidente da Concelhia e o Secretariado da Concelhia e ao nível das secções a Assembleia Geral e o Secretariado».
Publicação tem «propósito enganador grave»
Para cumprimento das disposições legais há uma série de procedimentos a executar, sendo um deles a publicação de anúncio da coligação e seu mandatário, que segundo a concelhia já terá sido publicado na imprensa nacional e nele haverá a informação que tal Coligação (Um Novo Futuro – PS/JPP) é assumida por proposta dos órgãos locais dos partidos, pelo que «na sequência de todos os acontecimentos decorridos nos últimos meses, é sabido que a publicação da formalização da Coligação está ferida de exatidão, tendo um propósito enganador grave», denuncia.
Nenhum órgão do PS Maia propôs esta coligação
Paulo Rocha justifica a sua acusação «nenhum dos órgãos locais do PS Maia, referidos acima, apresentaram qualquer proposta à Comissão Política Distrital do Porto com vista à formalização desta Coligação, tendo esta, como é público, sido imposta pela Comissão Política Permanente do PS, em deliberação enviada às estruturas concelhia e distrital e assinada pelo Secretário Geral Adjunto, José Luís Carneiro, pela Secretária Nacional para as Autarquias, Maria da Luz Rosinha, e pelo Secretário Nacional Adjunto para a Organização, Pedro Cegonho, na sequência da avocação do processo eleitoral».
Francisco Vieira de Carvalho é «efetivamente a segunda escolha do PS, foi imposto e não eleito»
Para o líder da concelhia «as estruturas locais do PS Maia, em todo o processo de designação do candidato à Câmara Municipal da Maia, pugnaram pelo cumprimento do definido nos Estatutos do PS, tendo todo o processo decorrido sempre em articulação com os órgãos distritais e nacionais, pelo que é de estranhar, também, as declarações feitas pelo candidato à Câmara Municipal por esta Coligação, quando refere que já sabia, pelo Secretário-Geral do PS, que ia ser candidato há mais de um ano. Tais afirmações só podem ser compreendidas como uma reação rápida para fugir ao facto objetivo de ser efetivamente a segunda escolha do PS, tendo sido imposto pela Comissão Permanente e não eleito democraticamente pelos órgãos locais», escreveu.
Comissão Política Permanente Nacional tenta «enganar a opinião pública»
«Nunca, nenhum órgão local do PS Maia, apresentou qualquer proposta com vista à formalização da Coligação “Um Novo Futuro – PS/JPP”. Assim, a bem da verdade e da responsabilização dos intervenientes, é fundamental que se reforce que tal proposta, no Partido Socialista, é da responsabilidade da Comissão Política Permanente Nacional, sendo lamentável a tentativa de enganar a opinião pública com o teor do anúncio publicado ontem na imprensa», escreveu a terminar Paulo Rocha, presidente da Comissão Política Concelhia que, recorde-se terá do seu lado cerca de metade dos Socialistas maiatos.