PSD quer ouvir a TAP sobre prejuízos
Com o objetivo de ouvir a presidente do Conselho de Administração da TAP, o grupo parlamentar do PSD, através dos deputados Paulo Rios de Oliveira, António Topa Gomes e Márcia Passos, faz requerimento dirigido ao presidente da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação e Planeamento, ao Parlamento e ao deputado Afonso Oliveira.
Os deputados no seu requerimento fundamentam que «a transportadora aérea nacional – TAP – vem acumulando resultados negativos desde 2018, situação que se agravou durante a pandemia, originando a apresentação e negociação de um Plano de Reestruturação junto da Comissão Europeia implicando a afetação de elevados recursos por parte do Estado português, os quais, por este motivo, não são orientados para outras prioridades da economia portuguesa», acrescentando que a situação económica e financeira da TAP é «um motivo de natural interesse e preocupação para todos os portugueses pelas implicações que tem no contexto nacional», referem os deputados Paulo Rios de Oliveira, António Topa Gomes e Márcia Passos, no requerimento que solicita «a comparência urgente» de Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP.
O PSD apresenta ainda diversos motivos para esta audição, nomeadamente o facto de que «os apoios à TAP aprovados em Bruxelas envolvem “um auxílio do Estado autorizado de 3,2 milhões de euros”» e de estes apoios assumirem «um peso muito expressivo na mobilização de recursos públicos», dizem.
A TAP terá ainda «registado um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros em 2021, o que equivale a cerca de 4,3 milhões de euros por dia» e foi, de igual forma, «a principal beneficiária dos apoios de Lay off atribuídos pelo Estado às empresas nacionais durante a pandemia para fazer face às dificuldades extraordinárias sentidas por todo o tecido empresarial», refere ainda o requerimento.
A transportadora aérea nacional «estará a contratar 250 tripulantes para responder ao aumento da procura esperada para o verão», que, no entanto, em período anterior, «dispensara no âmbito da reestruturação».
Por fim, e um dos motivos que marcou a agenda noticiosa, a empresa «alterou, de forma incompreensível, a prioridade das suas rotas, nomeadamente a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, eliminando alguns dos voos», o que se traduziu em «prejuízos evidentes para toda a região norte».
De referir ainda que este requerimento foi apresentado no passado dia 12 de abril.