PSP destruiu 9 mil armas na Maia
PSP bate “recorde” e destruiu 9.000 armas em unidade do concelho.
No dia em que se assinalou o Dia Internacional da Destruição de Armas, 9 de julho, a PSP destruiu cerca de nove mil armas, um número nunca antes registado «numa só ocasião». Esta é a oitava destruição do ano e o resultado de duas semanas de trabalho entre a DAE e os comandos da PSP, que contou com a presença da secretária de Estado adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto.
Pedro Moura, superintendente e diretor do Departamento de Armas e Explosivos (DAE), revelou nunca ter «destruído tantas armas, sobretudo de fogo, numa só ocasião», explicando que estas advêm de «apreensões, entregas voluntárias ou processos administrativo», apenas nos comandos do Norte do país, armas que não servem «qualquer interesse museológico, científico, formação ou atividade operacional» e que vão ser recicladas.
Os números registados este verão ascendem aos do ano passado, aquele «em que houve mais apreensões de armas e entregas voluntárias», registando nos primeiros cinco meses deste ano cerca de 4 mil armas apreendidas e perto de 9 mil entregues voluntariamente. A estes números acrescem 40 mil munições apreendidas e outras 40 mil entregues voluntariamente. O aumento no número de apreensões é suportado pelo «trabalho das forças de segurança, fruto das muitas ações de fiscalização», mas também, explica, «da atitude dos cidadãos que não querem ter as suas armas», entregando-as voluntariamente à PSP.
«Pistolas, revólveres, armas transformadas, armas de guerra, bestas e uma pistola metralhadora» são algumas das armas, mas o maior número são armas de caça, «devido à tradição em Portugal».
Pedro Moura não confirmou o número de armas ilegais no país, mas acredita que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) demonstra que «os crimes com armas de fogo têm vindo a diminuir, numa tendência consolidada de descida», referiu. Segundo o responsável, há cerca de «226 mil licenças ativas de todas as tipologias, seja de defesa, caça ou colecionador», referindo distritos como Porto, Braga, Viseu e Vila Real como aqueles em que há mais armas.