VAGA DE FRIO: Proteção Civil alerta para a formação de gelo e geada
A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) lançou um aviso à população sobre o tempo frio que se fará sentir nas próximas 72 horas.
A descida da temperatura, tal como previsto pelo IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera até à próxima quinta-feira, verifica-se em todo o território continental com valores mínimos entre -4 e 8ºC, com temperaturas máximas entre os 5 e os 17ºC. O forte vento que se faz sentir, mais intenso nas terras altas, poderá atingir rajadas até 45 km/h, na região do Norte e Centro, durante a noite e a manhã.
O acentuado arrefecimento noturno, com formação de nevoeiro, chuva com congelação, gelo e geada irá continuar a verificar-se, com probabilidade de queda de neve nas terras altas (700/900 m), principalmente a sul do território, mais provável em S. Mamede. Até esta quinta-feira, o desconforto térmico aumenta, devido à descida da temperatura mínima e do vento intenso.
A ANPC alertou para os cuidados a ter durante estes dias em que o frio se fará sentir:
EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face a este quadro meteorológico, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
– Intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras;
– Incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos;
– Eventual formação de gelo em troços de estradas com ensombramento permanente;
– Aumento do risco associado ao trafego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo;
– Necessária especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo.
MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
A nível da proteção individual:
– Que se evite a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura;
– Manter o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente;
– A proteção das extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante;
– A ingestão de sopas e bebidas quentes, evitando o álcool que proporciona uma falsa sensação de calor;
– Especial atenção com a proteção em termos de vestuário por parte de trabalhadores que exerçam a sua atividade no exterior, e evitar esforços excessivos resultantes dessa atividade;
– Acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às condições do piso para evitar quedas;
– Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo).
A nível da proteção coletiva:
– Especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte;
– Que se assegure uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras;
– Que se evite o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar;
– Que se tenha em atenção a condução em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
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